Medo
O medo é algo, evolutivamente, mantido para a autopreteção. Sim! Temos medo para evitar que a gente morra! Observe:
Temos medo de altura porque nosso cérebro entende que, se formos por aquele caminho e cairmos, provável que iremos morrer. O medo de andar de avião segue a mesma lógica (por mais que saibamos que a probabilidade de morrer de acidente de avião é muito menor que a de morrer de acidente de carro).
Assim, é normal sentirmos medo de apanharmos de alguém maior e mais forte. É normal o medo de pular de paraquedas. Normal termos medo de palhaço, quando tantos filmes de terror usam palhaços para nos aterrorizar.
Mas hoje, eu quero falar de outro medo: Um medo social, que está cada vez mais presente.
A modernidade chegou e, com ela, o 'medo de não ter um calçado para usar' passou a ser o 'medo de rirem de mim, caso meu calçado esteja fora de moda'. Ou o medo de responder uma pergunta que a professora fez e me acharem idiota... O 'medo da morte' tem transformado-se em 'o medo da opinião dos outros'.
E com este medo, vem um ciclo vicioso da necessidade de aceitação e de escravidão voluntária. Necessidade de aceitação também provém do medo: o medo de não fazer parte do grupo. E para fazer parte de um grupo, muitas pessoas assumem riscos:
- Cigarro! Fumar é um hábito associado a encontros sociais, bares... 'Todos os meus amigos fumam, daí comecei a fumar'.
- Álcool! 'Se eu não bebo, meus amigos me acham estranho'.
- Drogas. 'Meus amigos acham que sou chato se eu não uso'.
E por aí vai...
As meninas, se não andarem maqueadas, de cabelo liso e salto alto, também podem ser eliminadas do grupo (ainda bem que isto tem mudado! Ufa!)
O rapaz, que decide tratar sua namorada com carinho e não traí-la, ou optar por respeitar igualmente homens e mulheres, pode ser chamado de afeminado, como se isso fosse um problema.
Os homossexuais, muitas vezes, demoram assumir que gostam de pessoas do mesmo sexo porque temem a reprovação e o julgamento social.
Sim, é completamente entendível termos medo.
A sociedade, da forma que está organizada, é extremamente cruel. E com as redes sociais, a crueldade tem tomado conta! As pessoas publicam e compartilham crueldade. Usam a rede social para distanciarem-se do humano, do contato. Protegem-se e a máxima que vale: é melhor eu atacar do que ser atacado.
O medo faz a fera atacar e, como nós somos humanos, por mais 'racionais' que sejamos, não é diferente.
Temos medo! E a cada ataque de medo, cria-se um novo bloqueio.
Se está falando em público e as pessoas começam a rir de você, a próxima apresentação poderá ser bloqueada pelo medo do julgamento.
Se você cantar e disserem que sua voz é horrível, você tenderá a ficar inibido e, talvez, a parar de cantar.
Se faz uma pintura, fica todo orgulhoso, mas alguém lhe diz que 'não é nada demais', você poderá pensar que não tem talento e parar de pintar.
Se você veste uma roupa que gosta e alguém lhe diz que está 'muito gordo' ou 'magrelo', talvez você passe a esconder mais seu corpo...
A vida, digo, a opinião das pessoas, vai nos moldando com mini-traumas. Que, na verdade, podem não se tornar traumas, mas nunca se sabe quem é o receptor e como ele irá receber a mensagem...
Deste modo, acredito que muitos medos poderiam ser evitados. Como?
O que acha de colocar-se no lugar do outro? Sim! Isto é chamado empatia. Quando você tenta observar uma situação por outro ponto de vista e considerando o que o outro sente.
Ahhh, mas e para tudo você precisa fazer isto? Que trabalhão!!!
Sim, dá trabalho não pensar só em você. Dá trabalho não ser canalha e egoísta. Dá trabalho. Mas eu tenho certeza que as pessoas se amariam mais, teriam menos traumas, menos pânico, menos depressão...
Olhar a vida por outros ângulos pode ser muito mais belo e menos trabalhoso do que você pensa. Há de ter prazer, sobriedade, há de se ter paz e viver com mais saúde!
Pensar no outro faz bem e viver sem o medo de julgamentos maldosos faz melhor ainda!
Dissemine o amor e lute contra a intolerância! Sejamos ativos na formação de uma comunidade onde você gostaria que seus filhos pudessem viver: Viver sem tantos medos!
Raquel Ferreira
Temos medo de altura porque nosso cérebro entende que, se formos por aquele caminho e cairmos, provável que iremos morrer. O medo de andar de avião segue a mesma lógica (por mais que saibamos que a probabilidade de morrer de acidente de avião é muito menor que a de morrer de acidente de carro).
Assim, é normal sentirmos medo de apanharmos de alguém maior e mais forte. É normal o medo de pular de paraquedas. Normal termos medo de palhaço, quando tantos filmes de terror usam palhaços para nos aterrorizar.
Mas hoje, eu quero falar de outro medo: Um medo social, que está cada vez mais presente.
A modernidade chegou e, com ela, o 'medo de não ter um calçado para usar' passou a ser o 'medo de rirem de mim, caso meu calçado esteja fora de moda'. Ou o medo de responder uma pergunta que a professora fez e me acharem idiota... O 'medo da morte' tem transformado-se em 'o medo da opinião dos outros'.
E com este medo, vem um ciclo vicioso da necessidade de aceitação e de escravidão voluntária. Necessidade de aceitação também provém do medo: o medo de não fazer parte do grupo. E para fazer parte de um grupo, muitas pessoas assumem riscos:
- Cigarro! Fumar é um hábito associado a encontros sociais, bares... 'Todos os meus amigos fumam, daí comecei a fumar'.
- Álcool! 'Se eu não bebo, meus amigos me acham estranho'.
- Drogas. 'Meus amigos acham que sou chato se eu não uso'.
E por aí vai...
As meninas, se não andarem maqueadas, de cabelo liso e salto alto, também podem ser eliminadas do grupo (ainda bem que isto tem mudado! Ufa!)
O rapaz, que decide tratar sua namorada com carinho e não traí-la, ou optar por respeitar igualmente homens e mulheres, pode ser chamado de afeminado, como se isso fosse um problema.
Os homossexuais, muitas vezes, demoram assumir que gostam de pessoas do mesmo sexo porque temem a reprovação e o julgamento social.
Sim, é completamente entendível termos medo.
A sociedade, da forma que está organizada, é extremamente cruel. E com as redes sociais, a crueldade tem tomado conta! As pessoas publicam e compartilham crueldade. Usam a rede social para distanciarem-se do humano, do contato. Protegem-se e a máxima que vale: é melhor eu atacar do que ser atacado.
O medo faz a fera atacar e, como nós somos humanos, por mais 'racionais' que sejamos, não é diferente.
Temos medo! E a cada ataque de medo, cria-se um novo bloqueio.
Se está falando em público e as pessoas começam a rir de você, a próxima apresentação poderá ser bloqueada pelo medo do julgamento.
Se você cantar e disserem que sua voz é horrível, você tenderá a ficar inibido e, talvez, a parar de cantar.
Se faz uma pintura, fica todo orgulhoso, mas alguém lhe diz que 'não é nada demais', você poderá pensar que não tem talento e parar de pintar.
Se você veste uma roupa que gosta e alguém lhe diz que está 'muito gordo' ou 'magrelo', talvez você passe a esconder mais seu corpo...
A vida, digo, a opinião das pessoas, vai nos moldando com mini-traumas. Que, na verdade, podem não se tornar traumas, mas nunca se sabe quem é o receptor e como ele irá receber a mensagem...
Deste modo, acredito que muitos medos poderiam ser evitados. Como?
O que acha de colocar-se no lugar do outro? Sim! Isto é chamado empatia. Quando você tenta observar uma situação por outro ponto de vista e considerando o que o outro sente.
Ahhh, mas e para tudo você precisa fazer isto? Que trabalhão!!!
Sim, dá trabalho não pensar só em você. Dá trabalho não ser canalha e egoísta. Dá trabalho. Mas eu tenho certeza que as pessoas se amariam mais, teriam menos traumas, menos pânico, menos depressão...
Olhar a vida por outros ângulos pode ser muito mais belo e menos trabalhoso do que você pensa. Há de ter prazer, sobriedade, há de se ter paz e viver com mais saúde!
Pensar no outro faz bem e viver sem o medo de julgamentos maldosos faz melhor ainda!
Dissemine o amor e lute contra a intolerância! Sejamos ativos na formação de uma comunidade onde você gostaria que seus filhos pudessem viver: Viver sem tantos medos!
Raquel Ferreira
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